segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ameaça de impugnações preocupam três candidaturas


A campanha da coligação “A Força do Trabalho” (PT/PSC / PPL / PR / PC do B / PP / PMDB / PTN / PRB / PRP / PTB / PSB / PMN / PCO) está confiante de que a Justiça deverá ter bom senso, ao analisar o pedido de impugnação proposto pelo PSD, alegando que o protocolo de registro da candidatura de Antônio Gomide ocorreu fora do prazo previsto. Outros dois candidatos a prefeito e dezenas de candidatos a vereador, também, estariam na mesma situação.
Segundo Céser Donizete, um dos coordenadores da campanha do PT, nos dias quatro e cinco de julho, os servidores da Justiça Eleitoral estavam em estado de greve. No dia cinco, o “prazo fatal” se encerraria às 19 horas. Em função da paralisação, a Juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães designou um servidor para receber a documentação dos candidatos majoritários e proporcionais. “E, nós, lá estávamos, aguardando, com os nossos representantes Antônio Júlio e Edmar Silva para fazer a entrega da documentação, o que não se concretizou”, narrou, acrescentando que o servidor decidiu encerrar o recebimento, sem que todos fossem atendidos.
Em razão disso, no dia seguinte, a coligação já entrou com um pedido de contestação da impugnação. “O que estamos pleiteando é, apenas, que haja isonomia no tratamento com as candidaturas”, disse Céser Donizete, acrescentando que outras coligações e candidatos tiveram o mesmo problema e, também, devem recorrer para assegurar os registros, já que estavam no local no dia e dentro do prazo. Inclusive, no dia 5, após as 19 horas, o local onde estava sendo feita a entrega da documentação, foi lacrado e o que se esperava é que todos que estavam no local fossem atendidos em razão, até, de se tratar de uma situação precária.
“Nós estamos tranquilos e esperamos que haja bom senso em relação a todos. Vamos continuar a nossa campanha como temos feito”, completou Céser Donizete, observando que a decisão da magistrada deve ser conhecida, possivelmente, neste sábado, 28.

Inusitado
Ressalte-se que na eventual impugnação proposta pela coligação liderada pelo PSD, restariam, apenas, duas candidaturas: José de Lima (PDT) e Gerson Fallacci (PHS). As demais (Antônio Gomide (PT); Elismar Veiga (PPS) e Wilson Oliveira (DEM) ficariam de fora, pois se enquadram nas justificativas apresentadas no pedido de impugnação. Um detalhe: a candidatura de Gerson Fallacci estaria, segundo informações, com algumas pendências, muito embora sua assessoria jurídica informe que não existem riscos de uma cassação. Na hipótese de isto acontecer, e as impugnações pleiteadas pelo PSD prosperarem, restaria, apenas, a candidatura de José de Lima (PDT). Seria um fato inédito na história política de Anápolis.
O advogado Roldão Izael Cassimiro, que defende o candidato do DEM, Wilson de Oliveira, disse que são mínimas, quase que inexistentes, as chances de esta impugnação prosperar, uma vez que “a falha foi da Justiça Eleitoral que não ofereceu a estrutura administrativa para que fossem feitos os registros em tempo hábil”, referindo-se à greve dos serventuários, o que diminuiu, sensivelmente, a tramitação dos documentos. Dias atrás, o Juiz Gleuton Brito Freire já havia afirmado pelas emissoras de rádio da Cidade que “o candidato não pode ser prejudicado por uma falha da Justiça”. Roldão Cassimiro disse que, caso haja o acatamento do pedido de impugnação, as partes prejudicadas teriam, ainda, recursos junto ao Tribunal Regional Eleitoral e ao próprio Tribunal Superior Eleitoral.

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